Tradições
O prato gastronómico mais famoso de Santa Cruz da Trapa eé a vitela à moda de Lafões e a confecção da tradicional broa de milho.
Antes só haviam duas mudas de roupa e iam alternando a roupa que iam vestindo.
Com a lã fabricavam os seus agasalhos, meias, camisolas, casacos e mantas.
Com o burel faziam calças, saias, capas e até chapéus.
Faziam-se imensas roupas com o linho, principalmente toalhas, lençóis e rendas.
Festas católicas
A Santa Eufémia é uma das festas de Santa Cruz da Trapa, tem como caracteristicas ser realizada só por mulheres da terra, antigamente, na véspera da festa havia muito fogo-de-artifício e no dia havia uma procissão em que as mulheres carregam os andores com as santinhas até ao Calvário. Por fim, havia música para as pessoas se divertirem.
S.António é o oposto da S. Eufémia, pois este é festejado só pelos homens da terra mas, infelizmente, 'enterrou-se' (acabaram com a festa)pois na véspera durante o fogo-de-artifício, caiu um foguete na casa de um senhor e ardeu tudo.
Antigamente
As terras eram lavradas com arados puxados por animais.
O lagar do azeite que trabalhava na Teixeira desapareceu.
Tudo era produzido à mão.
Depois das vindimas as uvas eram pisadas no lagar, com os pés dos homens.Era uma época muito animada do ano, tal como as desfolhadas.
Depois juntavam-se as desfolhadas. Enquanto houvesse milho para desfolhar no vizinho, ninguém se deitava.No fim fazia-se um bailarico
O linho perdeu-se.
Fazia-se a arrancadela, a massadela e o fiar.
Faziam-se imensas roupas com o linho, principalmente toalhas, lençóis e rendas.
As pessoas casavam muito novas e tinham muitos filhos, embora as condições económicas não fossem as melhores. As raparigas bordavam o seu enxoval com o linho.
Não havia luz - iluminavam-se com um candeeiro de petróleo.
Não havia carros - Os almocreves transportavam os objectos de umas terras para as outras com burros e as pessoas iam a pé até São Pedro do Sul ou até Oliveira de Frades.
Não havia água canalizada - iam buscar a água à fonte mais próxima.
Não havia fogão de gás - utilizavam fogões de lenha.
Não havia pratos – comiam quatro ou cinco irmãos da mesma panela e como a comida era pouca tinham de a dividir.
Quase sempre descalças e sem terem as condições que temos hoje em dia, as crianças eram felizes pois podiam brincar na rua sem terem medo dos perigos que há agora, brincavam com peões, saltavam à corda, carrinhos de rolamentos, bonecas de trapos, etc. Antes de se irem deitar pediam a bênção aos pais.
Todas as famílias tinham um forno em casa para cozer o pão.
Levava-se o milho ao moinho e moía-se para se poder fazer o pão. Existiam muitos moinhos nas margens dos rios.